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VAI DOER NO BOLSO!
GASOLINA SUBIU, INFLAÇÃO VOLTA!
Reajuste dos preços dos combustíveis nas refinarias: R$ 0,41 no litro da gasolina e R$ 0,78 no litro do diesel
Publicado em 18/08/2023 às 11:16 Italo
GASOLINA SUBIU, INFLAÇÃO VOLTA!

Começou a valer ontem, quarta-feira (16), o reajuste dos preços dos combustíveis nas refinarias: um aumento de R$ 0,41 no litro da gasolina e de R$ 0,78 no litro do diesel. Este é o primeiro aumento desde que a empresa mudou a política de preços, em maio de 2023.

“O impacto será maior no diesel em função do transporte. Nosso principal modal é o caminhão e vai demorar um pouco para mudar isso. Vai impactar na inflação e (gerar) aumento no (custo) da alimentação”, afirma Roberto Leandrini, presidente do Regran (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Grande ABC). “Mas o governo não tinha escapatória. Ele quis abandonar a paridade internacional, mas chegou à conclusão que ou segue ou a Petrobras ou quebra”, completou o empresário.

O aumento pesa também para as empresas de transporte público, uma vez que o combustível representa entre 50% e 60% dos custos do setor. No caso da gasolina, quem sente no bolso são os motoristas de aplicativo. A categoria estima que gasta metade do que ganha para abastecer os veículos e, com a alta, o percentual pode ser ainda maior.

O reajuste dos preços da gasolina e do óleo diesel anunciado pela Petrobras deve pressionar o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em agosto e setembro, além de diminuir a chance de o indicador fechar o ano dentro da meta de inflação perseguida pelo BC (Banco Central).

É o que sinalizam projeções divulgadas por economistas e instituições financeiras após o comunicado da estatal. A partir desta quarta (16), o preço da gasolina terá aumento de R$ 0,41 por litro (ou 16,3%) nas refinarias da Petrobras. No caso do diesel, o avanço será de R$ 0,78 (ou 25,8%).

Em relatório, o Itaú Unibanco disse que o movimento veio acima da expectativa de curto prazo, que embutia um reajuste menor na gasolina, próximo de 5%. Com a surpresa, o banco elevou de 4,9% para 5,1% sua projeção para o IPCA no acumulado de 2023.

A corretora Warren Rena também revisou seus números. Para o IPCA de agosto, a projeção da instituição saiu de alta de 0,20% para avanço de 0,30%. Para a inflação de setembro, a previsão aumentou de 0,40% para 0,68%. A Warren Rena ainda passou a projetar IPCA acima do teto da meta em 2023. A estimativa para o acumulado do ano subiu de 4,6% para 5%.

Em 2023, o centro da meta perseguida pelo BC é de 3,25%. A tolerância é de 1,5 ponto percentual para menos (1,75%) ou para mais (4,75%). Ou seja, a meta será cumprida se o IPCA ficar dentro desse intervalo de 1,75% (piso) a 4,75% (teto).

O economista André Braz, do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), diz que o reflexo do reajuste da Petrobras deve se dividir entre os meses de agosto e setembro no IPCA. Braz prevê índice próximo de 0,10% neste mês e o dobro no próximo. No caso da gasolina, diz o pesquisador, o aumento tende a gerar um impacto total de 0,26 ponto percentual no IPCA. Esse efeito deve ser dividido em 0,13 ponto percentual em agosto e 0,13 ponto percentual em setembro, prevê. "Estamos no meio de agosto, que não vai pegar todo o impacto." A gasolina tem o maior peso no IPCA, considerando os 377 subitens (bens e serviços) que compõem o índice divulgado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em julho, essa medida foi de quase 4,8%.

Para fazer suas estimativas, Braz levou em consideração o peso da gasolina e o tamanho do reajuste anunciado pela Petrobras. Pelos cálculos do economista, o preço final do combustível, nas bombas dos postos, deve ter uma alta menor do que nas refinarias: em torno de 5,5% a 6%.

O diesel tem um peso inferior no cálculo do IPCA, se comparado à gasolina. Em julho, aproximou-se de 0,22%. Braz prevê que o aumento do diesel nas refinarias deve gerar um impacto de 0,01 ponto percentual no IPCA em agosto e de 0,01 ponto percentual no de setembro.

Essas estimativas, segundo ele, levam em consideração somente os efeitos diretos dos combustíveis. No caso do diesel, há ainda os reflexos indiretos sobre o transporte de bens e serviços consumidos pelas famílias.

O combustível é, por exemplo, um dos insumos usados nos fretes de alimentos, cujos preços perderam força neste ano. "O relevante para o reajuste do diesel é o impacto indireto, que tende a elevar sobremaneira o custo de transportes da economia e tornar o processo desinflacionário menos intenso", disse a Ativa Investimentos, em relatório assinado pelo economista Étore Sanchez.

"Vale ressaltar que um reajuste dessa magnitude eleva o risco de eventuais manifestações de caminhoneiros", acrescentou. A projeção da Ativa para o IPCA do ano subiu de 4,8% para 5,1%. Para o índice de agosto, a estimativa aumentou de 0,08% para 0,23%. Para setembro, de 0,26% para 0,41%.

A Órama Investimentos também fez revisão no cenário. A projeção para 2023 aumentou para 5,1%, era de 4,8% anteriormente.

A consultoria MB Associados seguiu o mesmo caminho. Elevou a perspectiva para o IPCA em 2023 de 4,7% para 4,9%.

FONTES: Agências de notícias

WWW.COLUNAITALO.COM.BR

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